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Hospital Estadual de Jataí reúne profissionais de saúde em simpósio sobre humanização e diversidade 

On 04/24/24 13:59 . Updated at 04/24/24 15:20 .

Evento trouxe discussões sobre a inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na sociedade

Texto e fotos: João Eduardo Alves Ferreira 

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O Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho (HEJ) promoveu o I Simpósio de Humanização e Diversidade, enfocando o tema essencial "Compreendendo o TEA: apoio e acolhimento aos indivíduos e suas famílias no contexto hospitalar". O evento, realizado em 19 de abril, marcou um importante passo na disseminação de conhecimento e reflexão sobre a inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na sociedade.

Para a coordenadora multidisciplinar do HEJ, Laryssa Hoff, o simpósio foi uma oportunidade para que profissionais de diversas áreas e membros da comunidade pudessem ampliar seus conhecimentos sobre o TEA e debater estratégias para promover uma sociedade mais inclusiva e acolhedora. 

“Desde o ano de 2023, a equipe multiprofissional vem trabalhando principalmente na formação dos nossos colaboradores. Nós precisamos pensar que sim, a humanização é muito importante, mas ela precisa estar atrelada a uma assistência impecável à saúde e nós só vamos ter isso formando os colaboradores, nos dedicando a fazer simpósios, a fazer jornadas, a fazer cursos de extensão, para que eles possam também entender que, além de ações de humanização, a assistência em saúde precisa ser impecável e segura para o paciente”, afirma Laryssa. 

Durante o evento, Fabrício da Gama Pereira, enfermeiro da UTI da unidade e palestrante do simpósio, ressaltou a importância de compreender o TEA e garantir um ambiente hospitalar acolhedor para esses indivíduos e suas famílias. “Compreender esse transtorno, entender quais são as nossas atribuições enquanto profissionais da saúde, de modo que a gente consiga acolher esses indivíduos e prestar a assistência à saúde desses indivíduos em situações de adoecimento no hospital, é fundamental. Quando falamos no tema de acessibilidade da pessoa autista ao hospital, estamos falando da acessibilidade da comunidade de pessoas com deficiência”, disse. 

Fabrício também contou da sua experiência enquanto pessoa que vive o espectro e atua em unidade hospitalar. “Eu fico muito contente porque hoje somos, não tantos quanto gostaria, mas com uma quantidade razoável de profissionais, autistas e outras pessoas com deficiências que estão no mercado de trabalho, e é importante para diversificar o espaço”. O profissional reforçou que pessoas com deficiência têm condições de desenvolver habilidades no ambiente de trabalho e é importante que esses profissionais sejam valorizados por suas potencialidades e respeitados por seus limites. 

Para a supervisora de enfermagem da UTI, Nayara Rezende Freitas, assegurar o acesso de todos os usuários é um dever de cada profissional de saúde. “Temos que ver o que o paciente precisa e oferecer esse atendimento individualizado, por exemplo, um paciente autista precisa ter prioridade, e temos que melhorar isso todos os dias dentro das unidades de saúde”, afirma. 

O 1º Simpósio de Humanização e Diversidade do HEJ não apenas ofereceu insights valiosos sobre o TEA e a inclusão, mas também destacou a necessidade contínua de promover a conscientização, fortalecer políticas inclusivas e garantir um atendimento digno e respeitoso a todas as pessoas, independentemente de suas diferenças.

A atividade está alinhada com o “Coletivizar”, projeto institucional da Fundahc/UFG, fundação gestora do hospital, que visa desenvolver atividades de letramento, e capacitação em assuntos referentes a Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) com o objetivo cessar o preconceito e oferecer o acolhimento ideal a todas as pessoas.



 

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