Leite materno: alimento de ouro!
O mês de agosto marca o incentivo à amamentação e ao aleitamento como formas de contribuir para a sobrevivência, saúde e bem-estar de todo o mundo
O Agosto Dourado chegou, um mês inteiro dedicado à promoção do aleitamento materno, considerado alimento de ouro pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em referência ao 1º de agosto, Dia Mundial da Amamentação, acontece até o próximo dia 07 em 120 países, a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM). “O leite materno é um alimento completo para o bebê: traz proteção imunológica e garantia nutricional, além de que o risco de adquirir doenças crônicas são diminuídos quando o bebê não tem exposição precoce ao leite artificial”, pontua Sebastião Leite, pediatra diretor do Banco de Leite Humano da Maternidade Nascer Cidadão (MNC).
Com o tema “Proteger a Amamentação: uma responsabilidade de todos” neste ano de 2021, a semana especial reforça a importância da rede de apoio para incentivar o aleitamento, seja da família, amigos, legislação e imprensa. No MNC, no Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI) e no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), a amamentação e o aleitamento são estimulados a todo o tempo, com orientações práticas às mães logo que o bebê nasce.
Na MNC e no HMDI, onde existem o Banco de Leite Humano e o Posto de Coleta, respectivamente, as equipes prestam auxílio acerca da amamentação às mulheres que deram à luz tanto nas próprias unidades quanto em outros locais, ensinando formas corretas de pega e posicionamento do bebê no momento da amamentação e instruindo sobre a importância do aleitamento exclusivo até o sexto mês de vida, e complementar até os dois anos de idade.
Além de todos os benefícios à saúde do bebê, dar o peito ainda é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, importante para que ela tenha dentes fortes, desenvolva a fala e tenha uma boa respiração. “Seria maravilhoso se todas as mães pudessem oferecer o leite direto do seio ao seu bebê, porque a amamentação auxilia a formação de vínculo e os riscos de abandono e de violência futura são minimizados com esse contato”, destaca dr. Sebastião, reforçando às mães que procurem uma das unidades para solicitar ajuda, se necessário.
Nos casos em que a mãe não pode dar de mamar, o recomendado é que ela ofereça o próprio leite ao bebê em outros meios, como em copinho, colher dosadora ou mamadeira, conforme indicado pelo profissional de saúde que esteja acompanhando a família. Em qualquer um dos casos, a mãe necessita de tranquilidade e apoio externo para ser estimulada a alimentar seu filho, conforme destacado pela SMAM 2021.
"Ressaltamos que amamentar não é só uma responsabilidade da mãe. Às vezes, a mãe sozinha quer muito, mas ela precisa do apoio de todo o resto para continuar seguindo em frente", comenta Isabela Luisa de Almeida, enfermeira do Posto de Coleta de Leite Humano do HMDI, afirmando que este apoio deve vir "do poder público, criando políticas que incentivem a mulher a amamentar; das empresas, que tendem a desvalorizar a mulher em idade fértil porque sabem que, posteriormente, ela pode gestar e amamentar; da família, que muitas vezes julga ao invés de apoiar; da assistência à saúde, em que há profissionais vivendo uma realidade arcaica, dando informações antigas e não apoiando o aleitamento materno; apoio de toda a equipe que acompanha mãe e bebê, como pediatra, enfermeiros e fonoaudiólogos".
Origem
A Semana Mundial de Aleitamento Materno teve início em 1990, num encontro da Organização Mundial de Saúde com a Unicef, quando foi gerada a “Declaração de Innocenti”. Para cumprir os compromissos assumidos pelos países após a assinatura do documento, em 1991 foi fundada a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA, na sigla em inglês). Um ano mais tarde, a entidade criou a Semana Mundial de Aleitamento Materno e, todos os anos, define um tema a ser explorado e lança materiais que são traduzidos em 14 idiomas com a participação de cerca de 120 países. Desde 2016, a WABA alinha a campanha WBW com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas (ONU).
No Brasil, o mês do Aleitamento Materno foi instituído pela Lei nº 13.435/2.017, que determina que serão intensificadas ações intersetoriais de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno ao longo de todo o mês de agosto. Dentre essas ações estão palestras e eventos de conscientização com a sociedade; divulgação do tema nas diversas mídias disponíveis; reuniões com a comunidade; ações de divulgação em espaços públicos; e iluminação ou decoração de espaços com a cor dourada.
"Desde quando instituída a data, comemoramos os agostos como uma luta pelo aleitamento materno porque sabemos que cada gotinha de leite vale ouro. Tendo em vista os inúmeros benefícios que o leite traz para a mãe, o bebê, a sociedade, a natureza e para a família, trabalhamos de forma incansável para promover e incentivar o aleitamento", diz a enfermeira Isabela Luisa.
Por Monique Pacheco, Assessora de Comunicação da FUNDAHC
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