Valorização à vida marca #SetembroAmarelo nas maternidades municipais

Pesquisa do PoderData realizada no mês de setembro de 2021 com 2.500 pessoas aponta que quatro em dez brasileiros tiveram piora na saúde metal nos últimos 18 meses, desde o início da pandemia da covid-19. Apenas 16% dos entrevistados consideram ter melhorado neste período, enquanto 43% relatam estar na mesma situação e 38% dizem estar pior do que estavam no início.

Com um olhar cuidadoso sobre a condição dos profissionais de saúde, as maternidades públicas municipais geridas pela FUNDAHC promoveram campanhas especiais neste Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, com foco na valorização à vida.

“Como a pandemia está se arrastando por muito tempo, procuramos fazer diferente em relação à campanha deste ano. Espalhamos cartazes por todo hospital falando sobre situações que nos afetam, mas não temos controle; sobre priorizar o olhar para si, para aquilo que podemos resolver. É importante compreender que há momentos em que estamos bem, outros não, e isso é normal”, conta a Andreza Mariz, psicóloga do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC).

A unidade promoveu uma palestra com o tema “Fluindo com a vida, aprendendo a lidar com o que não podemos controlar”. Natália Lima, psicóloga convidada, abordou o quanto situações como a pandemia, fora do nosso controle, podem causar frustações e orientou sobre como podemos lidar com isso. “Foi uma palestra muito reflexiva, para analisarmos se estamos mesmo cuidando de nossa saúde mental no trabalho, no relacionamento com a família... Foi um momento de olhar para si”, comenta Andreza.

Outra ação realizada pela equipe de psicologia do HMMCC foi a entrega de bombons com mensagens semelhantes às usadas nos cartazes e telefones de contato de locais onde procurar ajuda que atendem gratuitamente ou com valor social e emergência psicológica. Colaboradores de todos os setores receberam o mimo.

No Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), a campanha foi voltada à saúde do trabalhador, com foco nos riscos de suicídio. “Temos visto durante a pandemia muitos trabalhadores adoecendo, então nos atentamos a cuidar dos nossos colegas na unidade. Fizemos um mural com dados sobre o adoecimento psíquico dos profissionais da saúde e onde buscar ajuda, além de uma parte interativa de troca de mensagens: quem pôde, deixou uma mensagem positiva dentro de um envelope, e aqueles que buscavam um recado, pegavam um dos papeis deixados ali”, explica a psicóloga Rafaela Paula Marciano.

Promoveram também uma mesa redonda para debater a saúde mental do trabalhador e suicídio, com participação de psiquiatra, psicólogo e assistente social. As atividades foram encerradas com um almoço especial preparado pela equipe de nutrição, com mensagens de valorização à saúde mental. “Vimos que, de forma geral, a área da saúde é um trabalho bem desgastante. Há uma dificuldade em lidar com dor, sofrimento e morte, um esgotamento físico e psíquico que piorou durante a pandemia. O objetivo das nossas ações, portanto, foi discutir o tema e lembrar de cuidar da gente”, finaliza Rafaela.

Na Maternidade Nascer Cidadão, foi montado um varal com frases que estimular o cuidado à saúde mental própria e das pessoas ao nosso redor. No local onde fica o ponto eletrônico, a equipe de psicologia instalou um “retire aqui”, onde as frases podem ser destacadas e levadas para casa, ou entregues a colegas e familiares. “Vamos colocar os contatos de atendimento psicológicos gratuitos ou mais acessíveis também”, fala a psicóloga da unidade Deivislene Vilaça.

#SetembroAmarelo no HMMCC:

#SetembroAmarelo no HMDI:

#SetembroAmarelo na MNC:

Por Monique Pacheco, assessora de comunicação da FUNDAHC
comunicacao@fundahc.com.br