HMDI tem primeira Casa da Gestante de Goiás
Residência provisória para acomodar mulheres e bebês que necessitem de acompanhamento ambulatorial oferece 10 leitos, técnico de enfermagem e segurança 24h, alimentação e transporte para a maternidade
De forma inédita no estado de Goiás, o Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), unidade municipal de saúde de Goiânia gerida pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (FUNDAHC), tem a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP) como um cuidado a mais para suas pacientes. A residência provisória acolhe bebês que precisam ganhar peso ou finalizar algum tipo de tratamento sem necessidade de internação; gestantes ou puérperas em tratamento clínico que precisam voltar na maternidade a cada dois dias para fazer exames ou passar por consultas. Não existe prazo máximo de permanência na casa.
“São 10 leitos no total, divididos em três repousos com banheiro compartilhado, sendo três reservados a mães com bebês internados na UTI neonatal, disponíveis para atender mulheres que morem em Goiânia, mas longe da maternidade, ou de cidades do interior do estado, onde não conseguiriam seguir com os tratamentos”, explica, Raphaela Xavier, enfermeira responsável pelo espaço, destacando que todas as clientes hospedadas na CGBP são pacientes do HMDI e encaminhadas pela equipe da maternidade.
A residência oferece segurança e uma técnica de enfermagem 24h por dia, todas as refeições, roupa de cama, transporte diário para o HMDI a fim de realizar os exames, consultas ou tratamento necessários, além de todo apoio de uma equipe multidisciplinar composta por médico, psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo, equipe de nutrição e enfermagem.
Raphaela ressalta ainda que todas as funcionárias da CGPB são mulheres e as visitas têm horário certo para acontecer, a fim de garantir segurança e privacidade às clientes. “Não somos um ambiente de internação, então as clientes não ficam com acompanhante, a não ser em casos específicos. As visitas acontecem durante o dia, pela manhã e à noite, e fechamos o portão às 21h”, relata.
A dona de casa Joana Darc de Sousa Moreira é de Itumbiara e está hospedada na CGBP desde 08 de fevereiro (há 78 dias) para acompanhar a neta Ellizzy Beatriz, que nasceu prematura. Depois de um parto complicado, a mãe não resistiu e a avó tornou-se a companheira de luta diária da menina. No dia 22 de abril, data em que a mãe completaria 24 anos de idade, a bebê recebeu alta da UTI. Agora, realiza os últimos exames para voltar para casa.
Joana diz que a sensação neste momento é de muita alegria e vitória não só para ela e Ellizzy, mas para toda equipe que acompanhou sua trajetória em Goiânia, no Hospital e Maternidade Dona Iris e na Casa da Gestante, Bebê e Puérpera: “É uma vitória que Deus preparou pra mim. Uma sensação de agradecimento por todas as pessoas que me ajudaram. Essa vitória, não é só minha, é da equipe imensa de médicos, enfermeiros e funcionários. Tenho nem como mencionar o tanto que a equipe é maravilhosa. O acolhimento, carisma, carinho, compreensão. Vou sentir saudades da Casa, de todos, das meninas que me apoiaram. Vão estar sempre no meu coração”.
Sobre a data especial em que a pequena Ellizzy recebeu alta, Joana Darc acredita ser uma mensagem da filha, que está olhando por elas lá de cima. “Minha filha dizia que Ellizzy iria nascer no dia do aniversário dela, e aconteceu, de uma forma diferente”. No dia da alta, a bebê teria 39 semanas e quatro dias de gestação, período comum para o nascimento.
Dona Joana e a pequena Ellizzy, prontas para voltar para casa em Itumbiara.
Fotos: Raphaela Xavier
Texto por Monique Pacheco - Assessora de Comunicação da FUNDAHC
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