Maternidade Célia Câmara abre como hospital referência no tratamento da COVID-19
Unidade de saúde tem 30 leitos de UTI para atender exclusivamente pacientes infectados com o coronavírus e encaminhados via Regulação da Secretaria Municipal de Saúde. Até junho, serão 60 leitos no total, entre UTIs adulto, pediátrica e enfermarias, com mais de 300 profissionais em atuação
Goiânia recebeu nesta semana, o terceiro hospital de campanha no tratamento à COVID-19 no estado de Goiás. Trata-se do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), unidade de saúde da Prefeitura de Goiânia com gestão compartilhada entre Secretaria Municipal de Saúde, Universidade Federal de Goiás (UFG) e Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (FUNDAHC), que tinha inauguração prevista para o mês de maio. Trinta leitos de UTI adulto já estão disponíveis e nos próximos dias, dez leitos de UTI pediátrica para atender pacientes até 18 anos de idade serão entregues, assim como os leitos de enfermaria para prestar apoio às UTIs. Até o final de junho, serão 60 leitos no total, sendo 50 entre UTIs adulto e pediátrica, e dez enfermarias.
De forma inovadora e inédita em Goiás, a FUNDAHC disponibiliza Telemedicina na UTI do HMMCC, possibilitando que os plantonistas tenham contato direto com autoridades e especialistas do Brasil todo sobre a COVID-19. “Não será necessário expor um cardiologista, por exemplo, a vir avaliar um paciente in loco. Ele vai receber todos os laudos do prontuário e discutir a situação com o médico intensivista para dar o parecer. Isso também acontecerá com outras especialidades. Tivemos a chance de contar com especialistas renomados de outros estados que se dispuseram prontamente a colaborar conosco”, ressalta a médica intensivista Cacilda Pedrosa de Oliveira, presidente do Conselho Curador da FUNDAHC.
Tecnologia de ponta também está sendo utilizada pela Fundação para contribuir com a segurança dos profissionais de saúde, evitando que os colaboradores tenham contato constante com o paciente. O sistema de videomonitoramento instalado no HMMCC permite que o profissional acompanhe o doente sem precisar entrar na sala de UTI a todo tempo. “Temos câmeras filmando todos os pacientes em tempo real e também uma central de monitorização dos sinais vitais. Nossos enfermeiros e técnicos estarão todo o tempo necessário com esses pacientes”, explica Dra. Cacilda.
A médica conta ainda que o sistema de prescrição e dispensação de medicamento será automatizado para evitar o uso de papel, um meio de condução e transmissão do coronavírus. “O técnico de enfermagem que fará a medicação sai de um ambiente não contaminado já totalmente paramentado e entra no quarto do paciente já com o remédio. Isso vai evitar a contaminação de outros pacientes”, diz, reforçando que o HMMCC atenderá pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave, uma condição que pode ser causada por outros vírus como H1N1 ou doenças como pneumonia.
A unidade de saúde terá ao todo 300 colaboradores entre médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e profissionais de áreas de apoio, que passam por capacitação rigorosa e constante.
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