Infecção hospitalar é grave e leva a óbito, saiba como prevenir

Infecção hospitalar é grave e leva a óbito, saiba como prevenir

Em 15/05/23 16:55. Atualizada em 07/07/23 22:42.

Profissionais da saúde e visitantes devem estar atentos aos cuidados necessários em clínicas e hospitais

Pacientes alocados na internação, enfermarias e, principalmente, em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) podem contrair Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) durante o período de atendimento e até após a alta. As mais comuns são Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC), Pneumonias, Infecção de Trato Urinário (ITU) e Infecção da Corrente Sanguínea (IPCS) e todas elas levam o indivíduo à morte. 

Bactérias, fungos, vírus e protozoários causam as Infecções Hospitalares e podem estar presentes no ambiente, nos profissionais de saúde, visitantes e até no próprio corpo do paciente. Além disso, alimentos, água, ar, superfícies e os materiais do hospital não lavados e/ou esterilizados corretamente podem ser fontes de transmissão dos organismos causadores da IRAS.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, cerca de 234 milhões de pessoas realizam algum procedimento cirúrgico e deste total, um milhão morre em decorrência da infecção hospitalar. Já no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), a taxa de IRAS atinge 14% das internações e há aumento significativo no número de infecções causadas por microrganismos multirresistentes, como é o caso das superbactérias.

Profissionais que atuam nas unidades de saúde são os agentes principais no cuidado para evitar essas infecções e é no intuito de aumentar a conscientização e atuação neste sentido que foi criada a Lei nº 11.723/2.008, instituindo o dia 15 de maio como o Dia Nacional do Controle de Infecção Hospitalar no Brasil.

Infecção hospitalar é grave e leva a óbito, saiba como prevenirProfissionais da saúde devem lavar as mãos várias vezes ao dia. Foto: Freepik.

Como prevenir as Infecções Hospitalares?

O segredo da prevenção contra as Infecções Hospitalares está na higienização correta das mãos. É muito importante manter uma rotina de lavagem com água e sabão e/ou álcool 70%. Essa ação é indicada para os pacientes, visitantes e os profissionais da saúde. Além disso, é preciso se atentar:

Profissionais da saúde

  • Devem usar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como luvas que reduzem a possibilidade de transmissão de microrganismos presentes nos pacientes e superfícies. Avental para prevenir a contaminação das roupas e pele do profissional. Usar máscaras, toucas e protetor ocular quando houver risco de respingos,  fluídos corporais e sangue que podem atingir mucosas como nariz, boca e olhos.
  • Estabelecer boa comunicação com os pacientes para que entendam a importância destes cuidados.

Visitantes

  • Devem sempre higienizar as mãos e/ou usar álcool 70%, na chegada/saída do hospital e antes e depois de tocar o paciente ou superfícies ao redor.
  • Retirar adornos como brincos, pulseiras, relógios, cordões, piercings e anéis.
  • Manter unhas curtas e limpas.
  • Não levar alimentos sem o consentimento dos médicos e nutricionistas.
  • Não sentar na cama do paciente.
  • Se apresentar sintomas gripais é recomendado adiar a visita para evitar a contaminação do paciente e das demais pessoas presentes no hospital.

Qualquer paciente pode desenvolver IRAS, porém, há o grupo de risco composto por:

  • idosos
  • recém-nascidos
  • diabéticos
  • recém-operados
  • pessoas acamadas sem consciência
  • pessoas com doenças que comprometem a imunidade, como AIDS
  • pessoas com doenças vasculares, e 
  • pacientes que utilizam dispositivos invasivos, como sondas, cateter venoso e ventilação por aparelhos.

Por ser grave e aumentar o tempo de internação do paciente, a infecção hospitalar é causa de mortalidade, caracterizando-se como problema de saúde pública, que todos devem ajudar a controlar. Cuide-se!

Por Jéssica Valério
Edição de Monique Pacheco

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