Projeto Canguru garante assistência humanizada a mães e bebês no Célia Câmara

Projeto Canguru garante assistência humanizada a mães e bebês no Célia Câmara

Em 04/09/23 12:15. Atualizada em 04/10/23 18:07.

Unidade de saúde da Prefeitura de Goiânia conta com cinco leitos para cuidados intermediários neonatal 

Texto: Thalita Braga
Foto: Ascom/Fundahc


Implantado em maio deste ano no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), o Projeto Canguru tem garantido assistência humanizada a mães e bebês prematuros da unidade de saúde da Prefeitura de Goiânia. O método consiste em integrar a atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso e melhorar a assistência prestada à gestante, ao recém-nascido e à sua família a partir de uma abordagem humanizada e segura. 

Ludmilla Rodrigues de Sousa, enfermeira do HMMCC, explica que o Projeto Canguru é dividido em três etapas. “Na primeira etapa, é avaliada a possibilidade do bebê ser acolhido no canguru enquanto ele ainda está na UTI neonatal. Observamos se é um recém-nascido de baixo peso e que vai precisar de um tempo maior de internação”, conta. Na segunda etapa, quando o bebê está na UTI semi-intensiva, a mãe é abordada para confirmação se há interesse de participar do projeto e, em caso positivo, ela é transferida para um dos leitos canguru. 

Projeto Canguru garante assistência humanizada a mães e bebês no Célia CâmaraIsadora Bernardo de Andrade e a filha recém-nascida, Helena.

 

“Nessa etapa final, a mãe ou outro familiar que optou integrar o projeto, precisa interagir totalmente com a equipe. São repassadas todas as orientações sobre cuidados referente ao banho, higienização oral, estímulo à amamentação, e será proporcionado o contato pele a pele (posição canguru) precoce entre a mãe/pai/familiar e o bebê de forma gradual e progressiva, favorecendo o vínculo afetivo, a estabilidade térmica e o desenvolvimento do bebê”, esclarece Ludmilla. 

A enfermeira destaca que durante todo o período de internação a mãe ou o familiar do recém-nascido que adere ao programa recebe assistência total da equipe médica e multiprofissional da unidade. “Sabemos que esse é um momento cansativo, tanto para mãe/família quanto para o bebê, então nós oferecemos uma assistência integral em todos momentos, seja no cuidado com a criança, seja na atenção com a mãe, que recebe no hospital todas as refeições e, em alguns casos, permanece por vários dias acompanhando o seu bebê.” 

Isadora Bernardo de Andrade, 25 anos, mora em Pires do Rio (GO) e veio para o HMMCC junto da filha, Helena Bernardo da Silva, que foi regulada para a unidade após o nascimento. Com uma internação de mais de 80 dias, Isadora viu no Projeto Canguru uma forma de acompanhar mais de perto a filha e ajudar no seu desenvolvimento. “Vir para o Canguru me possibilitou conhecer uma equipe maravilhosa que já estava cuidando da minha filha, que me deu orientações de como cuidar dela com as técnicas corretas. Além disso, estar no canguru com ela, poder cuidar e ficar junto, tendo esse contato pele a pele, é maravilhoso”, disse. 

O Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI), unidade alto risco da Prefeitura de Goiânia gerida pela Fundahc, também utiliza o método para melhor e mais ágil evolução de recém-nascidos. O HMDI possui cinco leitos de Ucin Canguru.

Benefícios do Método Canguru

  • Menor tempo de internação do bebê;
  • Oxigenação adequada;
  • Aumento da temperatura do corpo e estabilidade;
  • Menos episódios de apneia – paradas respiratórias durante o sono;
  • Diminuição do choro;
  • Aumento do aleitamento materno;
  • Aumento do vínculo pai-mãe-bebê-família;
  • Diminuição do tempo de separação pai-mãe-bebê-família;
  • Melhor relacionamento família/equipe;
  • Estimulação sensorial positiva;
  • Diminuição de infecção hospitalar;
  • Controle e alívio da dor;
  • Acolhimento ao bebê e sua família;
  • Respeito às individualidades;
  • Promoção do contato pele a pele precoce.

Fonte: Ascom/Fundahc

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