Projeto de incentivo à leitura completa dois anos no Hospital e Maternidade Célia Câmara

Projeto de incentivo à leitura completa dois anos no Hospital e Maternidade Célia Câmara

Em 23/10/23 14:49. Atualizada em 25/10/23 14:42.

Nesse período, mais de 500 livros já foram doados para o “Cê Lia”, que promove a cultura circular entre colaboradores e pacientes

Texto: Thalita Braga
Foto: Ascom/Fundahc

“Cê Lia? Se não não lia, agora vai ler!”. Foi observando um motorista do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara - HMMCC, que entre uma viagem e outra não tinha uma sala de espera e só usava o celular para se distrair, que um outro colaborador da unidade teve a ideia de propor a criação de um espaço de leitura no hospital. Resultado: todos os colegas adoraram a ideia e neste mês de outubro o projeto Cê Lia celebra dois anos de existência com muitos livros recebidos e distribuídos. 

Quem coordena o projeto é a supervisora de Planejamento e Gestão da Qualidade do HMMCC, Kátia Gesa Marina de Sousa. Ela conta que desde a sua implantação, em outubro de 2021, o “Cê Lia”, como foi carinhosamente batizado, já recebeu mais de 500 doações entre títulos de literatura, filosofia, arquitetura, quadrinhos e muito mais. “Os colaboradores da unidade abraçaram o projeto e sempre temos livros novos para abastecer nossas estantes”. 

Projeto de incentivo à leitura completa dois anos no Hospital e Maternidade Célia Câmara

Kátia lembra que o projeto de leitura foi criado durante o período de pandemia, e que na época não havia recursos para criação do espaço. Foi aí que a criatividade da equipe entrou em ação. “Não havia nada onde está nosso espaço de leitura hoje, então ocupamos as paredes com prateleiras, reutilizando o material que estava sendo usado nos leitos de UTI covid. Na época houve uma diminuição desses leitos e essas prateleiras eram utilizadas para os monitores de frequência cardíaca. Também remanejamos uma mesinha para cá e logo as doações começaram a chegar”, lembra. 

A supervisora explica que hoje, as doações acontecem no setor de Gestão da Qualidade: “Nós carimbamos o livro com o nome da pessoa que doou e depois disponibilizamos para que outra pessoa possa pegar o livro e levar para casa. Essa é a proposta da cultura circular, leu, doou, passou adiante! Então a vida útil do espaço depende da consciência das pessoas, de sempre estarem renovando as prateleiras”. 

Juliana Canedo Batista, 39 anos, trabalha no serviço de limpeza da unidade e conta que começou a pegar os primeiros livros para a filha, Luana, de 15 anos. “Ela sempre gostou de ler. Ela pegava no colégio, levava para casa, daí, quando surgiu essa biblioteca aqui no hospital eu passei a filmar os livros e mandar para ela escolher os livros para eu levar para ela. Com o incentivo dela, eu também passei a ler e gosto muito”, disse. 

José Carlos de Oliveira, 41 anos, atua no serviço de patrimônio da maternidade e também é um entusiasta do espaço. Ele conta que já encontrou vários livros interessantes no acervo. “Aqui tem muitos livros, inclusive na minha área de sociologia. Literatura, que eu gosto muito também, filosofia. É um espaço muito bacana, muito rico. Eu fiquei encantado com a qualidade dos livros que têm aqui e eu estou aproveitando para poder ler esses livros que eu não tenho”. José Carlos também reforçou a importância da doação para manutenção do espaço colaborativo. “Quero convidar as pessoas também, quem tiver livros em casa, por favor, traga para nós aqui, porque é um livro que está parado na sua casa, pode servir para outras pessoas. E a leitura é fluída, então depende dessa troca”.

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Fonte: Ascom/Fundahc

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