Patricia - Novembro Roxo

Novembro Roxo: maternidades municipais reforçam ações no mês de atenção à prematuridade 

Em 23/11/23 09:16. Atualizada em 23/11/23 16:17.

Palestras, doação de sangue, oficinas e encontro de mães marcaram as atividades nas maternidades da Prefeitura de Goiânia 

Texto: Thalita Braga 

Fotos: Ascom Fundahc 

 

Patricia - Novembro Roxo

Em alusão ao mês de atenção à prematuridade - Novembro Roxo, o Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI) e o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC) reforçaram as atividades com as gestantes e puérperas nas unidades da Prefeitura de Goiânia. Entre as ações, foram realizadas palestras sobre amamentação, método canguru, incentivo à doação de sangue, fortalecimento psicológico por meio de rodas de conversa e oficina de shantala - uma técnica que estimula todo o corpinho do bebê e que pode ser feita desde o primeiro mês de vida. 

 

A médica intensivista pediatra do HMDI, Daniella Portal, destaca que, na rede municipal de saúde, existem duas unidades especializadas para o atendimento de gravidezes de alto risco, o HMDI e o HMMCC, e que durante o pré-natal na rede básica, ao identificar esse quadro, as gestantes são encaminhadas para acompanhamento. “Quanto mais essa gestação se desenvolver no útero da mãe, melhor será para o bebê. Então, a condição obstétrica é fundamental tanto na condução do parto prematuro, como para evitar a prematuridade”, afirma. 

 

A médica explica que a grande maioria das causas da prematuridade são evitáveis. “Um bebê é considerado prematuro se nascer com menos de 37 semanas. O que a mãe e a família podem fazer para evitar isso é promover um pré-natal de assistência. Nesse pré-natal, se tiver qualquer complicação que possa induzir um parto prematuro, essa condição será conduzida e tratada com um médico obstetra”. Daniella cita também cuidados como manter a higiene das mãos, evitar lugares fechados e aglomerações e limitar o contato com pessoas com infecções respiratórias. 

 

Palestra Novembro Roxo

 

Cuidados 

Diante de um parto prematuro, o HMDI e o HMMCC contam com uma estrutura para atendimento da mãe e do bebê. “Hoje, nós temos leitos de UTI Neonatal preparados para receber essas crianças e profissionais especializados que realizam assistência em todo o período que essa criança e sua mãe ficam na unidade, realizando orientações e promovendo esse contato entre mãe filho, principalmente com a aplicação do método canguru, um processo de assistência antigo, que hoje está incluído dentro das boas práticas de cuidados neonatais”, explica a pediatra. 

 

Daniella também reforça a importância do método na promoção do aleitamento materno: “O contato da mãe com a criança auxilia na manutenção da produção de leite, e a amamentação promove o crescimento e o desenvolvimento do bebê extraútero de uma forma mais humana de assistência, mas com melhor prognóstico, então esse bebê terá uma condição de desenvolvimento neurológico muito melhor”. 

 

Patricia dos Santos Menes mora em Campos Belos de Goiás e, durante uma consulta de pré-natal, foi diagnosticada com uma gravidez de risco. “Logo que eu recebi esse diagnóstico, no quarto mês de gestação, já fui encaminhada para tratamento aqui na Dona Iris e o atendimento aqui é perfeito, não tenho o que reclamar não”, afirma. A mãe de primeira viagem também falou sobre sua experiência com o método canguru. “Nossa, é muito bom para mãe, não tem comparação, é tão bom quando a gente está pertinho do nosso bebê, quando a gente ficou longe, quando ele estava na incubadora, batia uma tristeza, eu ficava para baixo, mas quando comecei a pegar ele no canguruzinho foi maravilhoso, a gente sente calorzinho dele, é muito gostoso”, conta. 

 

Doação de sangue 

Herika Isabella da Costa, supervisora da Agência Transfusional do HMDI, explica que a transfusão de sangue é fundamental para alguns tipos de tratamento de prematuros: “A transfusão em bebês ocorre, por exemplo, para corrigir a anemia, que é comum em bebês prematuros; dificuldade respiratória; distúrbios de coagulação e até casos graves como na doença hemolítica do recém-nascido, que muitas vezes requer a ‘troca’ de todo o sangue do bebê pelo sangue de um doador”. 

 

A supervisora destaca que, de janeiro a outubro de 2023, foram utilizadas 559 bolsas de sangue no HMDI. Diante desta necessidade, a unidade se uniu ao Hemocentro de Goiás no último dia 17 de novembro para realizar mais uma coleta na maternidade. “Esses hemocomponentes são utilizados para atender tanto as puérperas, como pacientes de cirurgia eletivas ou de urgência, quanto os bebês. Das 559 bolsas utilizadas, 209 foram para atender bebês prematuros da UTI neonatal”, explica. Durante a ação foram coletadas 59 bolsas de sangue e realizados quatro cadastros de doadores de medula óssea. 

 

Doação de Sangue HMDI

 

 

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