Fundahc valoriza a inclusão social ao contratar pessoas com deficiência para atuação nas unidades de saúde

Fundahc valoriza a inclusão social ao contratar pessoas com deficiência para atuar nas unidades de saúde

Em 03/12/23 14:21. Atualizada em 03/12/23 19:03.

Mais de 5% do total de colaboradores da fundação são PcD

Por: Jéssica Valerio
Foto: Ascom/Fundahc

 

A Fundahc/UFG está comprometida em oferecer vagas exclusivas para pessoas com deficiência (PcD) e, atualmente, o grupo corresponde a mais de 5% do total de colaboradores, número que deve aumentar nos próximos meses. 

De acordo com a Supervisora de Gestão de Pessoas da Fundahc, Edla Costa, novos profissionais PcD estão em fase de admissão e a fundação está com editais em andamento para futuras contratações. 

“Para fortalecer uma cultura de diversidade é fundamental que busquemos entender e conhecer cada vez mais sobre as pessoas com deficiência e o cenário que elas enfrentam na sociedade, sobretudo, nos meios profissionais, possibilitando que cada pessoa seja capaz de demonstrar suas capacidades e desenvolver suas habilidades”, afirma. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as deficiências são divididas em física, visual, auditiva, intelectual, psicossocial e múltipla, conceituada como a associação de duas ou mais deficiências. De acordo com Edla, nos editais publicados pela fundação, não é especificado o tipo de deficiência que o candidato deve ou não possuir para atender as exigências da vaga.

“O laudo realizado por um médico do trabalho feito durante avaliação do candidato é o que nos indica se ele está apto para determinada função, após isto, damos continuidade ao processo seletivo juntamente com o gestor da vaga”, explica. 

Após a fase de contratação, todos os novos colaboradores participam da integração funcional organizada pela equipe de Gestão de Pessoas da Fundahc, que reforça a importância da diversidade, inclusão e empatia. A atividade faz parte do Programa de Sensibilização e Inclusão da Pessoa com Deficiência realizado em 2021, iniciativa que foi adotada na fundação para capacitar os colaboradores sobre o tema.

Além disso, os colaboradores da Fundahc, incluindo os PcD, participam dos treinamentos de desenvolvimento profissional propostos pela unidade onde estão lotados. “Estamos em avaliação junto à área de Desenvolvimento Humano da fundação para um acompanhamento mais próximo e específico, com o propósito de trazer melhorias e ações internas que valorizem ainda mais nossos colaboradores PcD”, diz Edla.

Desenvolvimento e crescimento profissional

Diana de Aguiar Sousa iniciou suas atividades há quase nove anos na Fundahc como recepcionista PcD no Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI). Recentemente, participou do processo seletivo interno da fundação e conquistou o cargo de técnica de enfermagem na mesma unidade. 

A profissional não possui o antebraço esquerdo devido a uma malformação congênita e revela que foi aprendendo a lidar com o público em geral durante todo o seu processo de adaptação como pessoa com deficiência no local de trabalho. “Infelizmente, não somos julgados somente devido à condição física, mas também pelo o que podemos ou não executar aos olhos alheios”, diz. 

O interesse pela enfermagem surgiu durante o período de atuação na recepção do HMDI, ao ter contato direto com os pacientes e pelo amor em cuidar e ajudar o próximo.  Diana conta que recebeu apoio da diretora-administrativa da unidade, Cleusa Machado, da supervisora Patrícia Queiroz e da coordenadora de enfermagem, Eliane Paranhos. 

“Aqui no HMD, eu pude me tornar uma pessoa mais confiante, mais madura e encarar de frente certas questões sobre a minha condição física. Antes de trabalhar na maternidade eu tinha complexo de inferioridade, mas com o tempo e com a exposição ao público, eu encontrei a oportunidade de ver o mundo de outras maneiras, eu consegui me olhar com outros olhos, então a minha vida como profissional foi feita aqui no HMDI”, comenta.

A profissional reforça que o tema Pessoa com Deficiência precisa ser discutido com mais regularidade nos locais de trabalho para combater o preconceito. “Ter uma deficiência não te torna uma pessoa “DEFICIENTE”, todos possuímos algum tipo de limitação, não existe isso de “normal”, todos somos diferentes. É necessário fazer algum tipo de trabalho interno para que todos tenham conhecimento e respeitem os limites das pessoas com deficiência, não me refiro a tratamento especial, mas sim igualdade e inclusão”, finaliza.

Fonte: Ascom/Fundahc

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