Infectologista do HEJ alerta sobre o aumento de casos de chikungunya em Jataí

Texto: Mayara Ferreira 

Fotos: Ascom HEJ e Prefeitura de Jataí 

O forte avanço dos casos de chikungunya liga o alerta na cidade de Jataí – GO. Segundo o primeiro boletim epidemiológico de 2024 do Ministério da Saúde, 201 casos foram notificados na cidade, um aumento de 1.017,00% em relação ao mesmo período de 2023, que não teve casos registrados.

A chikungunya é uma doença infecciosa febril causada pelo vírus chikungunya transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O período de incubação do vírus é de 4 a 7 dias, e a doença, na maioria dos casos, é autolimitante. Conforme apontado pelo Ministério da Saúde, as sequelas nas articulações podem durar mais de um ano.

De acordo com Hélio Ranes, infectologista do Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho (HEJ), os sintomas da doença são variados. “O paciente pode ter febre alta de início rápido, dor no corpo, dor de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos”, alerta.

O especialista explica que as mudanças climáticas são um dos fatores que contribuem para a disseminação da chikungunya: “As temperaturas excepcionalmente altas, a previsão ou o aumento das chuvas e a constante umidade fizeram com que o mosquito Aedes estivesse presente em zonas onde antes não conseguiria sobreviver”.

Ainda não existe vacina ou medicamentos contra chikungunya. A principal medida de prevenção contra a doença é eliminar possíveis criadouros do mosquito transmissor. O profissional orienta que a população mantenha ambientes livres de acúmulo de água, use inseticidas em locais estratégicos e monitore de forma regular áreas propensas à proliferação do mosquito.

Em casos de suspeita, procure atendimento médico. O HEJ recebe casos da doença e está preparado para garantir a assistência necessária à população e o atendimento eficiente aos moradores com sintomas de chikungunya, dengue ou zika.