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Março Lilás: ginecologista do HMDI reforça importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de colo de útero

Em 14/03/24 15:59. Atualizada em 14/03/24 16:00.

Vacinação, exames preventivos e tratamento para esse tipo de câncer são ofertados na rede municipal de saúde de forma gratuita 

Texto: Thalita Braga 

Fotos: Freepik 

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No mês de março, a atenção das maternidades da Prefeitura de Goiânia se voltam para a prevenção do câncer de colo de útero, uma iniciativa conhecida como Março Lilás. A campanha reforça ações importantes como a vacinação contra o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) e para o exame de prevenção conhecido como Papanicolau. A ginecologista e obstetra do Serviço de Patologia Cervical do Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), Eliane da Silva Ribeiro, destaca a importância dessas estratégias e reforça a importância da campanha anual. 

Um dos pontos destacados pela ginecologista é a relação entre o vírus HPV e o câncer de colo de útero. Segundo ela, para ter câncer de colo de útero, um grande fator de risco é a presença do HPV. “Esse tipo de câncer é praticamente 100% associado ao HPV. Diante disso, medidas de prevenção como a redução do número de parceiros sexuais, o uso de preservativos e a vacinação são essenciais”, afirma. 

A médica destaca que a vacina do HPV está disponível na rede pública, para meninas e meninos de 9 aos 14 anos, e para mulheres vítimas de violência sexual até os 45 anos. “A vacina é uma das principais armas na prevenção deste tipo de câncer. Na rede particular também temos uma vacina mais abrangente, que protege contra nove tipos de vírus, em comparação com os quatro protegidos pela vacina fornecida pelo SUS, com um custo entre R$ 800 e R$ 1 mil, e que deve ser aplicada três doses”, orienta.

Rastreamento 

O Ministério da Saúde recomenda que toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve submeter-se ao exame preventivo periódico, especialmente as que têm entre 25 e 59 anos. Sendo que as duas primeiras coletas do exame Papanicolau devem ser feitas anualmente, e se não houver alterações, o exame pode ser realizado de três em três anos. 

“Em casos de alterações, são realizados exames mais aprofundados, como a colposcopia e a biópsia. E em caso de diagnóstico positivo, o SUS oferece tratamentos que abrangem desde cirurgias em estágios iniciais até quimioterapia e radioterapia em estágios mais avançados”, esclarece Eliane. 

A médica destaca que o HMDI é referência na rede municipal de Goiânia nesse tipo de diagnóstico: “O nosso Serviço de Patologia Cervical atua no diagnóstico e no tratamento dessas pacientes com doenças pré-invasivas de câncer de colo uterino, e fazemos o diagnóstico de câncer de câncer de pacientes encaminhadas via regulação também”. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres. Para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados cerca de 17 mil casos novos, o que representa uma taxa bruta de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.

Março Lilás 

A médica reforça a relevância do Março Lilás como um mês dedicado à conscientização sobre o câncer de colo de útero. "Existem vários locais que oferecem um acesso mais fácil à população para realizar a coleta do Papanicolau por meio de campanhas devido ao mês da mulher", enfatiza. 

Além disso, a profissional destaca que a prevenção é fundamental para identificar lesões pré-malignas antes que evoluam para o câncer, aumentando as chances de cura. “Nos estágios iniciais, a taxa de cura ultrapassa os 90%, enquanto nos estágios mais avançados ainda há possibilidade de tratamento e cura em torno de 50%. É essencial que mulheres de todas as idades estejam conscientes da importância da prevenção, da vacinação e da realização regular de exames ginecológicos. O conhecimento e a adoção de medidas preventivas são as melhores armas na luta contra o câncer de colo de útero”, finaliza. 

 

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