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Atividade física durante a gestação promove mais saúde para a mãe e o bebê, afirmam especialistas do HMMCC e UFG 

Em 16/04/24 14:25. Atualizada em 16/04/24 14:32.

Exercícios podem ser realizados durante toda a gestação com acompanhamento profissional 

Texto: Thalita Braga 

Fotos: Freepik 

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Durante a gestação, a prática de atividade física é frequentemente vista como um território delicado e repleto de dúvidas para muitas mulheres. Para falar mais sobre o assunto, o coordenador médico do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), Igor de Oliveira, que é ginecologista e obstetra, e a professora de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (UFG), Juliana Alves Carneiro, fizeram uma série de apontamentos sobre os benefícios que a prática de exercícios físicos pode proporcionar tanto para a mãe quanto para o bebê.

O obstetra destaca que, para a mãe, a prática regular de exercícios melhora a circulação, o que é especialmente importante devido às alterações típicas da gestação. "A atividade física melhora a circulação sanguínea, influenciando diretamente na redução da resistência vascular periférica, o que pode ajudar a evitar a hipertensão arterial", explica Igor. Além disso, ele ressalta que a atividade física contribui para melhorar o metabolismo da paciente, especialmente no que diz respeito aos carboidratos, diminuindo a resistência à insulina, e consequentemente, reduzindo o risco de diabetes gestacional.

Igor enfatiza que esses benefícios também chegam para o bebê, visto que estão intimamente ligados ao aumento do fluxo de sangue na placenta, proporcionando ao feto um suprimento adequado de nutrientes e oxigênio. "A melhor circulação sanguínea resultante da atividade física beneficia diretamente o bebê, garantindo um fluxo sanguíneo placentário mais eficiente, proporcionando-lhe nutrientes e oxigênio adequados para um crescimento saudável", afirma o médico. Ele destaca, ainda, a importância de uma abordagem adaptada para gestantes que já praticavam exercícios antes da gravidez, incentivando a continuidade da atividade física, com ajustes na carga de peso e a inclusão de exercícios funcionais, sempre sob orientação de um profissional.

Orientação profissional 

Juliana ressalta que os benefícios do exercício durante a gravidez refletem os mesmos aspectos positivos que são observados em qualquer indivíduo que se exercita regularmente. O exercício aeróbico, como caminhada, dança e natação, por exemplo, é fundamental para a saúde cardiovascular, melhorando a capacidade cardíaca e respiratória. 

“Além disso, os exercícios resistidos, como a musculação, contribuem para o controle metabólico da gestante. O fortalecimento muscular também auxilia na manutenção do peso adequado, reduzindo o estresse na coluna e preparando a mulher para um parto mais saudável e uma recuperação pós-parto mais eficaz”, afirma. 

A educadora física orienta que, ao longo dos trimestres da gravidez, é essencial adaptar os exercícios às necessidades e limitações do corpo em constante mudança. “No primeiro trimestre, é necessário um cuidado especial devido à maior suscetibilidade a abortos e descolamento da placenta”, alerta. Juliana recomenda uma abordagem leve a moderada nesse período, com atenção às indicações médicas.

“Já no último trimestre, quando a barriga está mais pesada, algumas considerações devem ser levadas em conta, como evitar exercícios abdominais intensos e prolongados períodos deitada de barriga para cima. No entanto, desde que liberada pelo médico, a prática de exercícios físicos ainda é segura e benéfica”, garante. 

Juliana destaca a importância de diferenciar a prática de exercícios físicos entre gestantes sedentárias e aquelas que já praticavam alguma atividade regularmente antes da gravidez. “Para as gestantes iniciantes, é crucial uma abordagem progressiva e acompanhamento médico rigoroso para garantir adaptações seguras tanto ao exercício quanto à gestação. O exercício físico, quando praticado de forma adequada e supervisionada, não apenas melhora a saúde materna, mas também promove o desenvolvimento saudável do bebê”, finaliza. 

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