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Pediatra da Maternidade Dona Iris alerta sobre a importância dos testes rápidos em recém-nascidos

Em 21/11/24 11:20. Atualizada em 21/11/24 11:20.

Exames realizados nos primeiros dias de vida podem identificar doenças graves 

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Os primeiros dias de vida de um bebê são fundamentais para garantir que ele tenha um desenvolvimento saudável. Para isso, os chamados testes rápidos realizados após o nascimento desempenham um papel essencial. A pediatra Ana Paula Barbosa, do Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI),  destaca que os testes do olhinho, da orelhinha, da linguinha, do pezinho e coraçãozinho são obrigatórios e possibilitam identificar precocemente condições que podem impactar significativamente a saúde do recém-nascido. “São testes de triagem que permitem detectar, de forma precoce, alterações no bebê. Quanto mais cedo identificarmos e intervirmos, melhor será o impacto na vida dele”, afirma Ana Paula. 

A médica explica que cada teste tem prazos específicos para serem realizados. “O Teste do Coraçãozinho, por exemplo, deve ser feito entre 24 e 48 horas de vida, antes de o bebê receber alta. Ele serve para identificar cardiopatias críticas que, se não tratadas desde cedo, podem trazer sérios riscos à vida”, esclarece Ana Paula. Já o Teste da Orelhinha, que verifica a saúde auditiva do bebê, também deve ser feito até o 30º dia de vida. “O procedimento é simples: uma pequena sonda é colocada no ouvido do bebê para emitir sinais sonoros, e o retorno desses sinais indica se a via auditiva está saudável”, esclarece Ana Paula. 

A pediatra orienta que o Teste do Pezinho, deve ser realizado preferencialmente entre o 3º e o 7º dia de vida, para detecção de doenças metabólicas e genéticas. “Embora possa ser coletado até os 30 dias de vida, o ideal é que seja realizado o mais cedo possível. No SUS, esse tipo de teste identifica condições como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, entre outras.”, destaca a médica.

Outros exames importantes são os testes da Linguinha e do Olhinho. “O Teste da Linguinha  identifica a anquiloglossia, uma condição que pode prejudicar a amamentação e, futuramente, a fala e a mastigação. Já o Teste do Olhinho, ajuda a detectar problemas visuais, como catarata e glaucoma congênito, e deve ser realizado preferencialmente até o 30º dia de vida”. Segundo Ana Paula, quando essas condições são identificadas precocemente, é possível iniciar o tratamento no momento certo. 

Acesso pelo SUS 

Ana Paula destaca que todos esses exames são garantidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Quando não são realizados ainda na maternidade, o pediatra entrega os encaminhamentos necessários para que os responsáveis agendem os testes na rede pública. E, caso algum exame não tenha sido feito, a mãe deve procurar a unidade de saúde mais próxima para assegurar que o bebê seja avaliado o quanto antes”, orienta a pediatra.

A boa notícia é que o SUS oferece suporte completo para os casos em que os testes apresentam alterações. “Para todas as doenças detectadas, existem centros de referência e profissionais especializados que garantem o acompanhamento e o tratamento necessários no SUS”, explica a pediatra.

A profissional destaca ainda que o serviço vem sendo ampliado. “Nos próximos anos, por exemplo, o Teste do Pezinho incluirá a triagem de até 55 doenças, um avanço significativo para a saúde neonatal no Brasil. Em Goiânia, já implementamos uma das etapas dessa ampliação, e o cronograma prevê a inclusão gradual das novas doenças nos próximos cinco anos”, detalha Ana Paula.

 

Texto e fotos: Thalita Braga 



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