
Protagonismo feminino na Ciência: conheça o trabalho de professoras que atuam em projetos de extensão e pesquisas clínicas geridos pela Fundahc
O Dia Internacional das Meninas e Mulheres na Ciência celebrado em 11 de fevereiro, reforça a importância da contribuição feminina no desenvolvimento científico no mundo
Entre as histórias que transformam a ciência e ampliam as fronteiras da pesquisa, destacam-se as das professoras Ana Luiza Lima Sousa e Daniela Espíndola, que hoje dedicam suas vidas à investigação científica e à formação de novos pesquisadores, com seus projetos de extensão e pesquisas clínicas geridos pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás - Fundahc/UFG.
Ana Luiza Lima Sousa, é docente da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (UFG) e coordenadora da Unidade de Hipertensão Arterial, a qual tem sete projetos geridos pela Fundahc/UFG e descreve sua entrada na enfermagem como uma escolha influenciada pelo histórico familiar. “Venho de uma dinastia de enfermeiras. Minha mãe e minhas tias são enfermeiras, então a escolha foi consciente e motivada por essa trajetória”, conta.
Formada em 1979, Ana Luiza deu seus primeiros passos na pesquisa durante a residência em Enfermagem Médico-Cirúrgica na Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde teve contato com a metodologia científica. Ao retornar a Goiânia, ingressou como professora na UFG em 1989, passando a se dedicar ao ensino, à extensão e à pesquisa.
A cientista enfatiza a importância da pós-graduação em sua formação: seu mestrado na Faculdade de Educação da UFG e o doutorado na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) consolidaram sua trajetória na pesquisa. “O mestrado me despertou para o rigor do método científico, mas foi o doutorado que me transformou em cientista”, afirma.
Para Ana Luiza, a ciência é um trabalho coletivo. “Ninguém produz conhecimento sozinho. Estar em grupos de pesquisa é essencial para avançarmos com impacto social significativo que contribua para a sociedade”, destaca.
Já Daniela Espíndola, docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, iniciou sua trajetória na ciência durante a graduação. “Meu interesse pela pesquisa surgiu no quarto ano da faculdade, quando procurei um professor emérito para uma bolsa de iniciação científica”, relembra. Seu primeiro estudo envolveu testes ergométricos em mulheres na pré-menopausa, uma experiência que consolidou seu caminho na pesquisa científica.
Posteriormente, Daniela realizou o doutorado na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), pesquisando a distribuição de gordura em pacientes com síndrome de Cushing. Paralelamente, começou a atuar com pesquisa clínica, focando no desenvolvimento de novos medicamentos.
Hoje, Daniela é pesquisadora na Unidade de Pesquisa do Hospital das Clínicas da UFG, onde coordena nove projetos em áreas como diabetes, obesidade e doenças cardiometabólicas. “As pesquisas contribuem para entender melhor as doenças, desenvolver novas terapias e drogas com o objetivo de melhorar a saúde e vida dos pacientes”, explica.
Felizmente, as professoras não perceberam barreiras de gênero em suas trajetórias na UFG. “Sempre fui tratada com respeito e interesse pelo meu trabalho, tanto no Brasil quanto no exterior”, afirma Ana Luiza. Já para as mulheres que desejam ingressar na pesquisa, Daniela deixa um conselho: “Comece pelo básico, aproveite as oportunidades e não se deixe abalar pelas dificuldades. A recompensa é imensa”, finaliza.
O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência
Desde 2016, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é comemorado anualmente em 11 de fevereiro para discutir a equidade de gênero na produção científica. A data foi aprovada na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de celebrar as contribuições das mulheres e meninas no campo da pesquisa.
Texto e fotos: Jessica Valerio
Categories: Notícias Principais