
Hospital Estadual de Jataí alerta sobre os cuidados necessários no período de seca
Médico da unidade de saúde do Governo de Goiás destaca a importância da conscientização e das medidas preventivas para proteger a população durante este período
No último dia 7 de junho, o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) emitiu um alerta sobre a umidade relativa do ar, que já está em níveis de atenção, variando entre 21% e 30%, enquanto o ideal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é 50% e 60% para garantir o bem-estar da população. Os efeitos da baixa umidade no organismo humano são diversos e podem afetar a qualidade de vida. O Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho (HEJ) está intensificando ações de conscientização sobre os cuidados necessários, especialmente em relação à hidratação entre os grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. “É crucial que todos estejam cientes dos riscos associados à baixa umidade e ao frio, adotando medidas preventivas”, enfatiza Juliano Rocha, diretor-geral do HEJ.
O otorrinolaringologista João Damasceno alerta sobre os efeitos prejudiciais da baixa umidade do ar, que pode causar o “ressecamento das mucosas e, consequentemente, irritações nos olhos e na garganta”. Ele expressa, ainda, preocupação com o aumento do risco de crises asmáticas e infecções respiratórias.
O médico esclarece que a dificuldade respiratória intensa pode estar associada a várias condições médicas sérias, como doenças pulmonares, infecções, problemas cardíacos, reações alérgicas e sinusite. “É fundamental que os pacientes que já apresentam essas condições estejam particularmente atentos ao agravamento dos sintomas e busquem atendimento médico imediatamente, quando necessário. Os principais sinais de alerta incluem: dificuldade para respirar, dor no peito, aumento da frequência respiratória, tosse persistente e sensação de desmaio ou fraqueza extrema. A vigilância em relação a esses sinais é essencial para garantir a saúde e o bem-estar”, explica.
Cuidados simples e já conhecidos são eficazes para minimizar os impactos da baixa umidade do ar, como a ingestão mínima de 2 litros de água por dia; alimentação leve com frutas e vegetais ricos em água; uso de umidificadores, baldes com água ou toalha molhada próximo à cama para dormir. “Aplicar hidratantes próprios para cada tipo de pele; e proteger os olhos da baixa umidade, utilizando lágrimas artificiais ou colírios para aliviar a secura ocular, também são importantes. O uso de soro fisiológico para lavar o nariz pode ajudar a aliviar a secura das mucosas nas vias respiratórias”, pontua Damasceno.
Texto e fotos: Jackeline Arandas
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