Capacitação Ruídos 5

HMDI conscientiza equipe sobre redução de ruídos na UTI neonatal

Em 30/03/21 13:22. Atualizada em 07/07/23 22:41.

Objetivo do projeto é garantir que recém-nascidos de alto risco se recuperem em ambientes tranquilos e silenciosos

O silêncio, a tranquilidade e o bem-estar dos pacientes são fundamentais para a recuperação de quem está internado em uma unidade de terapia intensiva. Pensando nisso, o Hospital e Maternidade Municipal Dona Iris (HMDI) criou um programa educativo direcionado a profissionais de saúde com o objetivo de contribuir para a redução dos níveis de ruídos nas UTIs neonatal. Implementado inicialmente no Hospital e Maternidade Dona Íris, o projeto visa orientar as equipes e garantir ambientes acusticamente mais saudáveis para os recém-nascidos. 

Uma das coordenadoras do projeto, a fonoaudióloga Adriana Marques, explica que as UTIs  são locais cercados de profissionais e equipamentos com alarmes acústicos que, dependendo dos níveis de ruídos, podem causar alterações comportamentais e interferir na recuperação nos recém-nascidos internados. "A exposição diária a elevados níveis de pressão sonora pode causar alterações fisiológicas e comportamentais nos bebês que estão nas UTIs. Por isso, é muito importante conscientizar os profissionais sobre a necessidade da redução de ruídos nesses ambientes hospitalares", explica. 

A literatura médica destaca que os recém-nascidos expostos a sons e barulhos podem apresentar aumento da pressão sanguínea, aumento da frequência cardíaca, perda auditiva, apnéia, alteração do sono e, consequentemente, agitação, choro e irritabilidade. Além disso, o ruído pode interferir no ganho de peso e aumentar a frequência cardíaca dos bebês. 

Por isso, mais do que ter consciência dos efeitos dos ruídos, é necessário entender que esses sons podem ser gerados por diversas fontes, como os equipamentos utilizados nas UTIs, visita de familiares, diálogo entre as equipes de médicos e enfermeiros, além do descuido na hora de manusear algum móvel ou aparelho. "Diante disso, durante a capacitação, alertamos que as mudanças comportamentais são imprescindíveis para a redução dos níveis de ruídos e para a garantia de ambientes adequados para os recém-nascidos que precisam de cuidados intensivos", salienta a psicóloga Rafaela Marciano, uma das idealizadoras do projeto.

Já passaram pela capacitação as equipes do laboratório, higienização, farmácia, serviço social, manutenção, qualidade e administração ligada à Diretoria Técnica. O intuito é englobar todos os profissionais na atividade.

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