UTI HMMCC

Em 30 dias, HMMCC soma 56 pacientes internados, 14 com COVID-19

Em 13/05/20 10:52. Atualizada em 07/07/23 22:41.

Dos 30 leitos disponíveis na unidade de saúde, 19 foram ocupados simultaneamente no período. Equipe médica destaca importância da UTI no tratamento da doença

Trinta dias após receber o primeiro paciente com sintomas suspeitos para a COVID-19, o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), inaugurado como unidade referência para o tratamento da doença causada pelo coronavírus, soma 56 pacientes atendidos. Destes, 19 estão internados na unidade, sendo 17 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dois em enfermaria.

Até o momento (13/05, 11h), dos 56 pacientes recebidos, houveram oito óbitos, sendo quatro com COVID-19 positivo, e 29 altas, com dois confirmados para a doença. No total, 14 testaram positivo para COVID-19, cinco aguardam resultados de exames e 37 testaram negativo. Os exames são realizados via Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) no próprio hospital e demoram de 24h a 48h para ficarem prontos.

O médico Thyago Gregório Mota Ribeiro explica que, em algumas situações, os exames são repetidos. “Quando o paciente já testou negativo mas apresenta sintomas respiratórios suspeitos, optamos por fazer um novo teste”, comenta, esclarecendo que a depender da janela de tempo desde o contágio, pode ocorrer o chamado ‘falso negativo’. “Já tivemos casos negativos na primeira testagem e positivos na segunda”, afirma.

De acordo com o especialista, os pacientes positivos para COVID-19 permaneceram de sete a 15 dias internados na UTI do HMMCC. “Quinze dias quando há intubação e ventilação mecânica e entre sete e 10 dias quando o paciente está respirando voluntariamente”, afirma. O médico conta ainda que o paciente é transferido para um leito de enfermaria de apoio à UTI quando há melhora significativa no quadro de saúde, possibilitando evolução à alta.

Rotina

O HMMCC foi inaugurado em 06 de abril com 30 vagas em leitos de UTI e recebeu o primeiro paciente no dia 12 daquele mês. Desde o início, as equipes médica, de enfermagem e administrativas têm reuniões semanais com a diretoria para atualizar os protocolos de atendimento e manejo do paciente. A finalidade é adaptar as rotinas às mudanças identificadas na semana anterior e, assim, garantir atendimento de qualidade constante.

Médico intensivista da unidade, Gustavo Prudente Gonçalves comenta que essa contínua mudança de rotina é o maior desafio enfrentado no dia a dia da UTI do HMMCC: “O atendimento isolado já exige mais da equipe, e a remodelação dos processos, com alterações no funcionamento interno, câmeras nos quartos, monitoramento e até o receio dos profissionais com essa situação de pandemia impactam diretamente nossa atuação”, admite.

Apesar da complexidade, Gustavo destaca que o trabalho na UTI em um momento atípico como o atual é recompensador. “Vemos o quanto é importante para o paciente ter acesso a UTIs em uma situação como essa. Em uma Unidade de Terapia Intensiva temos controle de infecção hospitalar rígido, processos ajustados que trazem maior segurança ao paciente”, destaca, relatando que, como ainda não existe um tratamento comprovado contra a COVID-19, manter o paciente bem assistido é a melhor opção.

A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (FUNDAHC), gestora do HMMCC, reforça que a unidade atua de porta fechada, ou seja, as pessoas com sintomas de COVID-19 não devem procurar atendimento direto no local. Os pacientes chegarão, exclusivamente, transferidos de outras unidades via Regulação da SMS.

UTI HMMCC

Por Monique Pacheco - Assessora de Comunicação da FUNDAHC 

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