Medicamento

HMMCC tem resultados positivos com uso de Dexametasona no tratamento da COVID-19

Em 17/06/20 14:35. Atualizada em 07/07/23 22:41.

Unidade de Saúde reforça que o medicamento deve ser usado em hospitais, quando há casos graves e avançados da doença e destaca perigo na automedicação

Desde que começaram a surgir evidências científicas que comprovavam o resultado positivo do uso da substância Dexametasona para o tratamento da COVID-19, o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC) a incluiu no protocolo médico, fato que ocorreu logo após a inauguração, em abril. O estudo recém-lançado da Universidade de Oxford, que mostra que a substância pode ser capaz de mudar a taxa de mortalidade dos pacientes contaminados com a doença causada pelo coronavírus, é considerado robusto e completo pela equipe do hospital, reforçando que o uso do medicamento deve ser continuado.

Médico intensivista e responsável técnico do HMMCC, Gustavo Prudente destaca que os resultados obtidos no HMMCC com a substância foram excelentes: tanto em doentes que ficaram cansados em uso de oxigênio e não precisaram de aparelho para ventilação; quanto em doentes que ficaram muito cansados e não usaram tubo para respirar, mas Ventilação Não-Invasiva (VNI); e ainda, na extubação dos pacientes que estavam mais graves. “Tivemos uma taxa de extubação muito satisfatória em relação ao resto no mundo”, comemora dr. Gustavo.

A Dexametasona é um grande aliado para tratar pacientes com sintomas respiratórios graves e em estágio avançado da doença causada pelo coronavirus, mas, segundo o especialista, o item mais importante são Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de alta performance. “Com certeza a droga é um adjuvante na tentativa de salvar mais vidas, mas o que os pacientes mais precisam são de UTIs que têm equipe multiprofissional séria, responsável e competente, e fluxos de processos alinhados bem adaptados, como é a nossa no HMMCC”, disse.

À população, Gustavo faz um alerta: a Dexametasona não é milagrosa e deve ser usada apenas em hospitais. “A preocupação que temos em um momento como esse é a busca desenfreada pelo medicamento. Ele deve ser usado de maneira intrahospitalar, em casos mais graves e em estágio avançado da COVID-19. Não é no início. É interessante que as pessoas entendam que a medicação, no momento errado, pode muito mais atrapalhar do que ajudar”, esclarece o médico.

O HMMCC reforça que é uma unidade de saúde da Prefeitura de Goiânia sem atendimento de porta aberta. Todos os pacientes internados são encaminhados via Regulação da Secretaria Municipal de Saúde da cidade.

 

Por Monique Pacheco - Assessora de Comunicação da FUNDAHC

 

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