Humanização: tecnologia aproxima pacientes e familiares durante internação

Joana da Silva Conceição tem muito o que celebrar neste Natal. Além de realizar o sonho de ser mãe, ela venceu um edema grave no pulmão após 15 dias internada no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC). A condição dela se agravou logo após o parto, que ocorreu no Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), devido a um quadro de pré-eclampsia, que é quando a mulher grávida tem pressão arterial elevada a qualquer momento após a sua 20ª semana de gravidez, com desaparecimento até 12 semanas pós-parto.

Em virtude da doença, Joana não chegou a conhecer a pequena Jamilly, pois foi transferida para o HMMCC para receber atendimento especializado para sua condição pulmonar, já que a unidade é referência para tratamento de síndromes respiratórias agudas graves. A distância entre mãe e filha de mais de 25 quilômetros, no entanto, foi encurtada pelo uso da tecnologia. Antes de ser entubada por conta do agravamento do quadro respiratório, Joana conheceu a filha por videochamada.

O encontro virtual só foi possível porque as unidades geridas pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (FUNDAHC) oferecem, além de atendimento psicológico, a possibilidade de contato entre pacientes internados em isolamento e familiares.

O objetivo, segundo a psicóloga do HMMCC Andreza Mariz, é diminuir os impactos da doença e manter o elo familiar dos pacientes.
"Sempre avaliamos se existe essa demanda de contato, seja com pacientes acordados, em processo de despertar da sedação, e em alguns casos, intubados. Neste caso, como a bebê estava em outro hospital e ela ainda não tinha tido contato com a filha, fizemos essa mediação com as psicólogas da Maternidade Dona Íris para agendar chamadas de vídeo”, explica.

Depois de 15 dias internada, seis deles respirando com ajuda de aparelhos, Joana já está em casa aproveitando os momentos especiais da maternidade. Ao lado da filha, ela fez questão de enviar uma foto para a equipe de psicologia da FUNDAHC e agradecer pelo apoio e assistência que recebeu entre os dias 20 de outubro e 03 de novembro. “Só tenho que agradecer, primeiro a Deus e depois a toda equipe médica pelo excelente atendimento, cuidado, carinho que tiveram comigo. Sou muito grata, obrigada”, escreveu.

Joana e sua filha Jamilly, em foto que a própria mãe encaminhou às equipes do HMMCC e do HMDI como agradecimento ao atendimento prestado.