Dalceni Lopes

Doação de leite materno na MNC e no HMDI beneficia mais de 100 bebês por mês

Em 19/05/20 12:58. Atualizada em 07/07/23 22:41.

Banco de Leite da Maternidade Nascer Cidadão e Posto de Coleta do Hospital e Maternidade Dona Iris arrecadam cerca de 100 litros de leite mensalmente. Equipes fazem apelo a mulheres que estão amamentando para continuar com alta quantidade de coleta, já que número de doadoras caiu em março, abril e maio.

É sabido que o leite materno é o melhor alimento do mundo, riquíssimo em nutrientes que aumentam a imunidade e garantem a saúde do bebê. O que nem todo mundo sabe, no entanto, é que muitas mães passam por situações de pouca produção de leite, de desconforto e nervosismo no momento da amamentação, de dificuldade na pega e outras, ainda, passam por tratamentos de saúde que podem “secar” o leite, ou têm doenças que não permitem a amamentação. Em todos esses casos, os Bancos de Leite Humano são aliados para auxiliar as mães a amamentar ou para prover leite materno às crianças que precisam.

Em Goiânia, o Banco de Leite Humano da Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e o Posto de Coleta de Leite Humano do Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), ambas unidades de saúde geridas pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (FUNDAHC), são responsáveis por cadastrar as doadoras, orientar quanto à forma de coletar o leite, buscar o frasco na casa das doadoras e processar o leite de forma a garantir sua durabilidade, além de ofertá-lo aos bebês recém-nascidos nas duas maternidades que precisam do alimento.

No ano 2019, 218 doadoras coletaram 1.252 litros de leite, beneficiando 1.363 crianças. A atitude voluntária dessas mulheres é celebrada por muitas mães que não conseguem ou podem amamentar. Dalceni Lopes, mãe da Ana Heloísa, está sentindo na pele a importância da doação e comemora: “Graças a Deus e a quem doou, minha filha está crescendo forte e saudável. Se não fosse por elas, minha filha teria que tomar fórmula, mas a gente sabe que leite de mãezinha é muito melhor”, afirma.

Raimara Lima, de 27 anos, é doadora no Banco de Leite desde que sua filha Ana Beatriz tinha um mês de vida e garante que vai continuar doando enquanto estiver produzindo leite. Sobre o receio que algumas mães têm em doar e ‘faltar alimento’ para o próprio filho, a dona de casa dá a dica: “Não se preocupem! Quanto mais nossos bebês mamam, mais há produção de leite. Então vai ter leite para o seu filho e vai ter leite para os coleguinhas”, garante.

Neste 19 de Maio, Dia Mundial da Doação de Leite Humano, profissionais de saúde da MNC e do HMDI fazem um apelo para as mulheres que estejam amamentando cadastrem-se e façam o teste para saber se podem ser doadoras. A enfermeira obstétrica Cristiane Ferreira explica o porquê: “neste momento de pandemia, em que temos a maior necessidade de fornecer imunidade aos nossos bebês, é muito importante que as doações continuem. A gente sabe que o leite materno é o principal alimento para o bebê, que vai fornecer anticorpos para melhorar sua imunidade, então precisamos de mais doadoras para garantir, principalmente, a alimentação de bebês prematuros que estão nas unidades de tratamento intensivo", afirma, pontuando que houve uma queda significativa na quantidade de doações nos últimos meses de março, abril e maio.

Já o médico pediatra Sebastião Leite reforça a simplicidade do procedimento, fundamental para de muitos bebês que precisam do leite humano para se recuperar e evoluírem como outras crianças. “Elas só precisam realizar o cadastro na MNC ou no HMDI, que explicamos todos os detalhes e buscamos os frascos com leite na residência delas semanalmente”, diz.

Serviço:

Banco de Leite da Maternidade Nascer Cidadão

(62) 3298-1214

Atendimento: diariamente, das 7h às 19h

Posto de Coleta do Hospital e Maternidade Dona Iris

(62) 3956-8887 / 96047570 (Whatsapp)

Dalceni Lopes

A receptora Dalceni Lopes comemora leite humano que é dado diariamente à filha Ana Heloísa na UTI do HMDI

Raimara Lima

Raimara Lima, doadora há onze meses, com a filha Ana Sophia, da mesma idade.

 

 

Por Monique Pacheco - Assessora de Comunicação da FUNDAHC.

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